Nasceu no Porto, em 6 de Novembro de 1919, numa família aristocrática e de ascendência dinamarquesa. Viveu no Porto até aos dez anos e porteriormente estudou em Lisboa, onde se fixou após o casamento.
Iniciou um curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras de Lisboa, que não chegou a terminar. Colaborou em revistas literárias.
A sua obra abrange a poesia, o conto, sobretudo infantil, o ensaio e a tradução. Se o seu encontro com a literatura infantil se deve, inicialmente, à escrita de contos destinados aos cinco filhos, já o encontro com a poesia aconteceu na sua infância. Aos três anos, uma criada ensinou-lhe a «Nau Catrineta» e, antes de saber ler, aprendeu de cor versos de Camões e Antero.
No seu mundo poético, Sophia alia ao fascínio pelo mar, pela terra, pela casa familiar e da infância, a denúncia de uma realidade social adversa. Aliás a sua intervenção cívica e social não se tem limitado à literatura, já que foi, durante o fascismo, sócia fundadora da «Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos» e, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.
Muitas gerações de jovens leitores conhecem-na através dos seus contos.
Recebeu, entre outros, os prémios: «Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores» em 1977 e o «Prémio 50 Anos de Vida Literária» em 1993, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores. Foi também condecorada pelo governo italiano, pela sua tradução do Purgatório de Dante. Em 1999 foi galardoada com o «Prémio Camões». O mais prestigiado prémio de língua portuguesa. Em 2003 ganha o “Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana”, atribuído pelo Património Espanha e pela Universidade de Salamanca.
Morreu em Lisboa em 2004, já lá vão 7 anos.
Coligido por Nuno Costa, em 14 de Março de 2011
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