Marinheiros e comerciantes
Às vezes, acontecia que os nossos velhos Celtas e Iberos viam aparecer barcos lá ao longe que vinham navegando, chegavam à praia e os homens que viajavam neles saltavam para terra. Que gente seria aquela? Viriam fazer mal ou fazer bem?
Aqueles homens eram habitantes de outros países e alguns deles vinham até de muito longe. Eram homens habituados à vida do mar e tinham muitos barcos porque andavam a fazer negócios.
Os países que eles habitavam estavam muito mais adiantados do que a Península Ibérica. Esses homens sabiam fazer tecidos para fatos, sabiam fazer tintas para pintar os tecidos, sabiam fazer vidros e muitas coisas que os Celtas e os Iberos não conheciam. De modo que enchiam os barcos com todas essas coisas e vinham pelos mares fora trocar os objectos que traziam por coisas que os outros povos tinham. Os Celtas e os Iberos podiam, por exemplo, dar-lhes trigos e certas pedras donde se tiram os metais que cá havia muito. Assim negociavam uns com os outros: por trocas de produtos, mas também por moedas, que esses mercadores traziam.
Como se chamavam e donde vinham aqueles homens dos barcos? Uns vinham das terras que hoje são o Líbano e que nesse tempo se chamava Fenícia, e eram portanto Fenícios. Outros vinham da Grécia, país que ainda hoje existe com o mesmo nome, e eram os Gregos. Outros vinham do norte de África, onde hoje fica a cidade chamada Tunes. Aí, havia antigamente uma outra cidade com o nome de Cartago, por isso esses homens chamavam-se Cartagineses.
Hoje já não existem fenícios nem cartagineses, porque as suas pátrias foram conquistadas e desapareceram. Mas ainda existem gregos, e os gregos da Grécia antiga foram talvez os homens mais notáveis de todos quantos têm existido. Entre eles houve grandes poetas, grandes escritores, grandes pintores e grandes escultores. Outros estudaram os astros, as plantas e tantas coisas, que nós hoje ainda aprendemos muito com o que eles escreveram.
Rómulo de carvalho, As origens de Portugal, história contada a uma criança, Fundação Calouste Gulbenkian.
TRABALHO DE NUNO COSTA
1. Que actividade exerciam os homens que os Celtas e Iberos viam saltar para terra?
R: Eram homens habituados à vida do mar e tinham muitos barcos porque andavam a fazer negócios.
2. De acordo com o texto, que é que esses homens sabiam fazer e que os Celtas e Iberos não conheciam?
R: Esses homens sabiam fazer tecidos para fatos, sabiam fazer tintas para pintar os tecidos, sabiam fazer vidro e muitas coisas que os Celtas e os Iberos não conheciam.
3. Os comerciantes traziam os barcos carregados com as coisas que faziam. Quando partiam, o que levavam nos barcos?
R: Levavam as coisas que os outros povos tinham, como trigo, pedras para fazer os metais, moedas, etc..
4. Marco X de acordo com o sentido do texto. Os homens que vinham nos barcos eram naturais…
Da Fenícia, Grécia e África do Sul.
Da Fenícia, Grécia e Europa.
Da Fenícia, Grécia e norte de África.
5. Por que razão actualmente não existem fenícios nem cartagineses?
R: Porque já não existem estes países.
6. Indico o nome do país onde houve homens que estudaram os astros e as Plantas.
7. Completo as palavras seguintes com X ou ch.
Taxista existir enchidos lanche
Caixote chávena paixão chafurdar
8. Escrevo o significado mais apropriado para as seguintes palavras:
tecidos ------ panos mercador ---- negociante
9. Completo o quadro com as palavras sugeridas.
A – contrário de dar -------------------- receber
B - contrário de encher ---------------- esvaziar
C – contrário de antiga --------------- moderna
D – contrário de traziam -------------- entregavam
10. Escrevo no tempo presente a frase:
“Aqueles homens eram habitantes de outros países e alguns deles vinham até de muito longe.”
R: Aqueles homens são habitantes de outros países e alguns deles vêm até de muito longe.
Nuno Costa |
E vieram os Celtas e os Iberos, foram ficando, ficando, namorando e surgiu um novo povo, os Celtiberos.
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