segunda-feira, 9 de maio de 2011

A samarrinha do Zezinho


 
                                  
            Quando vem este tempo frio de Dezembro lembro-me sempre da famosa samarrinha do Zezinho.
            O Zezinho trouxe uma notícia extraordinário para a escola:
            - Sou o mais rico da escola! Já tenho uma samarrinha nova!
            Nós ficámos calados. Nesse tempo uma samarra era coisa nunca vista, sobretudo samarrinha para criança.
            Os dias passaram, e o Zezinho não se decidia a trazer a samarrinha para a escola. Desculpava-se.
            - Juro que tenho uma samarra! Mas o meu pai não me deixa trazê-la para a escola porque ficava suja num instante, e às vezes, quem sabe, até podia rasgar-se…
           Os dias iam correndo e o Zezinho, todo animado, a rapar frio como todos nós, ia dizendo:
           - Vocês vão ver! No Natal hei-de estrear a samarra.
É uma quentura!...
           Chegou o dia de Natal. À hora da missa, mal tínhamos entrado na igreja, surgiu a samarra!
           Que grande risota! Aquilo não era uma samarra, era muito mais que uma samarra, aquilo era grandessíssimo samarrão, muito largo e tão comprido como uma saia das antigas…
           Acabou a missa e o Zezinha, todo derreado com o peso da samarra, que varria o chão do adro, sorria, satisfeito:
           - Eu não vos tinha dito?!
           - E olha a grande coisa! Ó Zezinho, tens de comer muita rasa de sal para encheres o samarrão… Mal podes com essa albarda!
           O Zezinho enfunou e, mal chegou a casa, despiu a vestimenta. E sua guardou-a  muito bem guardada.
           No ano seguinte a samarra continuou avantajada.
           No terceiro ano, o Zezinho cresceu muito, E também não usou a samarra. Sabes porquê?
           Ficava-lhe muito fanicadinha…
António Mota, O lobisomem, Editorial Caminho
Nuno Costa, em 4/5/2011

1. Escrevo as palavras que o Zezinho disse quando chegou à escola.
R: - Sou o mais rico da escola! Já tenho uma samarrinha nova!

2. Mas a samarrinha não ficava bem ao Zezinho. Explico a razão disso acontecer.          
R: Era muito grande e comprida.

3. Assinalo com X a opção correcta, de acordo com o sentido do texto.
A samarra do Zezinho, no primeiro ano fazia lembrar…

         uma samarra velha.
         uma saia muito larga e comprida. X
         uma samarra minúscula.
         uma saia moderna.

4. A brincar, que conselho davam ao Zezinho para ele encher a samarra?
R: Comer muita rasa de sal.

5. Afinal, o Zezinho quantos dias usou a samarra até ela não lhe servir?
R: Uma semana.

6. Esta história é actual ou já se passou há muitos anos? Justifica a resposta dada.
R: Passou-se quando eram pequenos e andavam na escola.

7. Afinal, o que é uma samarra?
R: casaco grosso com gola de peles.

8. Escrevo novamente a frase, substituindo a palavra destacada.
“A samarra ficava-lhe fanicadinha
R: A samarra ficava-lhe pequenina.

9. Copio o quinto e sexto parágrafos do texto.
“Os dias passaram, e o Zezinho não se decidia a trazer a samarrinha para a escola. Desculpava-se.
- Juro que tenho uma samarra! Mas o meu pai não me deixa trazê-la para a escola porque
ficava suja num instante, e às vezes, quem sabe, até podia rasgar-se…”

10. Retiro do texto uma frase dita pelos colegas do Zezinho.
“Que grande risota! Aquilo não era uma samarra, era muito mais que uma samarra, aquilo era um grandessíssimo samarrão, muito largo e tão comprido como uma saia das antigas…”

11. Copio, do texto, uma frase de tipo interrogativo.
- Eu não vos tinha dito?!

12. Escrevo o nome dos sinais de pontuação que aparecem neste texto.
Ponto final... dois pontos… ponto de exclamação… vírgula… ponto de interrogação e ponto de exclamação.

13. Escrevo adjectivos para as seguintes palavras:
       
                   samarra… quente                                            sal… branco
                      escola… pequena                                        saia… curta
                       igreja… grande                                        Natal… festivo


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